Genograma é uma ferramenta que vem sendo usada desde meados da década de 1950  em Terapia Familiar Sistêmica de forma muito eficiente e impactante na cura e ressignificação de traumas e padrões familiares.

É um instrumento  efetivo para obter informações da constituição familiar. São retratos gráficos da história e do padrão familial.  Ele possibilita a identificação da estrutura básica, o funcionamento e os relacionamentos da família.

De fácil execução, o genograma facilita a visualização do contexto familiar e de suas principais características.  Além disso, padrões de repetição,  lealdades familiares, exclusões  existentes nas relações familiares ficam evidentes.

Assim  são registrados dados de importância para o indivíduo.  Tais como: casamentos separações, doenças, mortes, acidentes, cirurgias e internações, entre outros. O cronograma familiar é uma lista de eventos importantes para a execução do Genograma.

Como uma radiografia, o genograma permite a leitura rápida e abrangente da organização familiar em uma única folha de papel, facilitando a percepção da situação do indivíduo e do  seu papel dentro desta família.

Enfim, o genograma é uma ferramenta científica sistêmica.  Ela possibilita uma leitura mais ampla da família e de seus relacionamentos.  Transitando por várias gerações familiares, com o intuito de facilitar a visualização rápida de emaranhamentos, lealdades, nós sistêmicos, etc.

Certamente tem a capacidade de levantar hipóteses e facilitar a realização de  intervenções mais assertivas para resolução de problemas atuais dos clientes.

​O genograma pode ser aplicado em intervenções individuais, de casal, família, grupos, empresas e em qualquer outro contexto sistêmico.

Enfim, Genogramas são representações simbólicas, gráficas das relações entre os membros de uma família, a partir da percepção do cliente.

Em contraste com as árvores genealógicas, apontam não só os graus de parentesco como padrões de comportamento, atitudes e doenças físicas e psíquicas.

Mais fácil do que descrever o que é um Genograma é visualizar um. Veja abaixo o desenho da base de um genograma simples, sem as linhas de relação:

Primeiramente,  o início de um bom Genograma é a coleta de dados:

1.  Qual a questão que o cliente traz?  O que ele precisa resolver na sua vida e não está conseguindo?
2. É importantíssimo  que o cliente forneça todas as informações que ele  tiver ou puder obter.  Os nomes dos familiares e as respectivas relações de parentesco são algumas delas.  Bem como informações sobre ano de nascimento (e falecimento se for o caso), casamentos e separações, profissão, doenças conhecidas  que são acrescentadas em seguida.
3. Por fim o cliente deve fornecer as informações a respeito dos sentimentos e aproximações e afastamentos afetivos com cada um dos membros da família. É comum que cada pessoa se identifique mais com um lado de sua família ou, por alguém especificamente.
4. Informações sobre gerações passadas de avós e até bisavós tendem a enriquecer ainda mais o Genograma.

Com o genograma é possível não apenas chegar a raiz dos problemas, como estruturar  um processo terapêutico mais rápido, eficaz e sólido para o cliente.

É uma ferramenta extremamente poderosa com muitas possibilidades de aplicação.

Na figura abaixo pode ser observado um genograma no início de um processo terapêutico, e outro realizado no final do processo, onde várias linhas de relacionamentos foram ressignificadas.