A terapia Sexual

A terapia sexual é um procedimento terapêutico que se dedica ao tratamento das disfunções e desafios sexuais enfrentados pelos indivíduos. Estatísticas indicam que mais de 50% da população brasileira vivencia alguma forma de disfunção sexual, assim como inadequações entre parceiros.

Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade representa um dos quatro pilares essenciais para a qualidade de vida de todo ser humano, juntamente com família, lazer e trabalho. Esta dimensão é considerada fundamental, influenciando nossos sentimentos, pensamentos e ações. A OMS reforça a importância da saúde sexual como um elemento crucial para o bem-estar físico, psicológico e sociocultural.

Terapia sexual - processo e cura

Uma parcela significativa dos desafios sexuais tem raízes em questões psicológicas e emocionais. Mesmo quando questões orgânicas estão presentes, frequentemente há um componente psicoemocional envolvido.

Ademais, o processo terapêutico focado na sexualidade aborda suas disfunções e inadequações, oferecendo suporte para indivíduos enfrentarem medos e crenças distorcidas sobre sua própria sexualidade. Por meio da terapia sexual, é viável promover uma experiência íntima, prazerosa e saudável em relação à sexualidade. Afinal, o sexo é uma parte integral da vida humana.

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Disfunção X Inadequação

Qual a diferença entre disfunção e inadequação sexual?

Primeiramente, as disfunções sexuais referem-se a alterações ou dificuldades persistentes no processo de resposta sexual e desempenho, causando desconforto. Elas podem incluir distúrbio da ereção, ejaculação prematura, disfunção do desejo, disfunção orgástica, vaginismo, entre outras.

Por outro lado, as inadequações sexuais envolvem questões relacionadas às expectativas, comportamentos ou crenças em torno da sexualidade, causando insatisfação ou desconforto. No entanto, elas não necessariamente se enquadram nas definições clínicas das disfunções sexuais. Isso pode incluir diferenças de desejo sexual entre parceiros, expectativas irrealistas em relação ao desempenho sexual, e outros fatores que afetam a satisfação sexual.

Ciclo de Resposta sexual e as disfunções

O ciclo de resposta sexual   é composto das fases do desejo, da excitação, do orgasmo e resolução.  Alguns autores ainda colocam o platô como uma fase que antecede ao orgasmo.  Qualquer perturbação em uma dessas fases de forma persistente é considerada uma disfunção sexual.  E, muitas vezes um problema que ocorre em uma das etapas  pode comprometer  todas as outras.

1 – Desejo(fase encoberta):  Nesta fase os estímulos acontecem através de memórias sexuais e  fantasias que estimulam a vontade de iniciar uma atividade sexual.  Assim, ela se inicia no cérebro.

2 – Excitação: Seguida do desejo, é a fase onde as sensações de prazer vão aumentando e as alterações corporais ocorrem. No homem,  ocorre  basicamente a ereção, e na mulher a lubrificação vaginal e aumento dos mamilos.

Platô: Fase em que a excitação se estabiliza e permanece em seu ponto máximo, momentos antes do orgasmo.

3 – Orgasmo: É o ápice de prazer sexual, quando acontece uma descarga de energia. No homem,  o orgasmo acontece praticamente pela inevitabilidade da ejaculação, que pode ou não acontecer ao mesmo tempo; e na mulher, ocorrem contrações na região pélvica, como  também  nas pernas, pés e pode se espalhar pelo corpo todo, dependendo da intensidade do orgasmo.

4 – Resolução: Após o orgasmo, é a fase do relaxamento muscular e bem-estar físico e mental.  Para os homens em geral, associa-se ao  período refratário, que  é o intervalo mínimo  que cada um necessita  para  ter outra ereção.  Na mulher este período refratário não existe, podendo responder a uma  outra estimulação  quase que imediatamente.

Para o  diagnóstico de uma disfunção sexual  é necessário  que os problemas das funções sexuais ocorram  em um período de no mínimo 6 meses  e de forma persistente, ou seja em 75% das ocorrências.   Além disso, precisam  causar aflição, angústia e desconforto significativos  para o indivíduo ou  para o casal.

Algumas origens das inadequações

Já as inadequações sexuais estão ligadas ao relacionamento do casal.  Cada um traz o seu histórico familiar, juntamente com crenças e valores adquiridos na infância e ao longo da vida.  Em alguns casos, essa bagagem trazida por cada um dos cônjuges, influencia diretamente na vida sexual do casal.

Exemplos de alguns fatores que podem influenciar nas Inadequações sexuais:

  1. A influência de questões familiares sistêmicas no desenvolvimento das relações afetivas  da criança e do adolescente, que vão influenciar na desenvolvimento sexual do individuo;
  2. Mitos e tabus adquiridos sobre sexualidade (masculino/feminino)
  3. Falta de autoconhecimento físico e emocional para o desenvolvimento de uma sexualidade saudável – aceitação do próprio corpo e entender que a sexualidade é para todo mundo, sem rótulos;
  4. Carência de diálogo sobre sexualidade para o crescimento da intimidade do casal;
  5. Falta de conhecimento e aceitação da sexualidade da parceria;
  6. Dificuldade na exploração própria sexualidade e da parceria.

Algumas origens das disfunções

As disfunções sexuais podem ter uma origem orgânica, resultando de algumas doenças que prejudicam diretamente as funções sexuais. Além disso, podem ter raízes psicossociais.

Dentre as causas orgânicas, encontram-se doenças vasculares, diabetes e outras condições que afetam o sistema nervoso central e periférico. Há também fatores como o consumo excessivo de álcool, uso de certos medicamentos, tabagismo, dores crônicas, e outros.

No contexto dos fatores psicossociais, estão o estresse, problemas financeiros, perda de emprego, ansiedade em relação ao desempenho, antecipação de falhas, educação rígida, histórico de abuso sexual, dificuldades no relacionamento do casal, baixa autoestima, perpetuação de mitos sexuais, entre outros.

A terapia sexual aborda tanto as disfunções quanto as inadequações sexuais no âmbito psicossocial.

Quando há algum comprometimento orgânico, geralmente há também um impacto emocional. Dessa forma, a terapia é integrada aos tratamentos orgânicos para abordar esses aspectos de forma conjunta.

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“Sou Terapeuta Sistêmica e Sexóloga, apaixonada por desvendar os intricados mistérios dos relacionamentos humanos. Minha jornada profissional me levou a dominar a Constelação Sistêmica Familiar e o Genograma Sistêmico, para explorar as complexas teias familiares

Além disso, sou uma Analista Comportamental e Corporal, dedicada a ajudar indivíduos a aprimorar sua autoestima, autoconhecimento e compreensão da sexualidade humana. Minha certificação como Analista Comportamental me permite aplicar o teste DISC de forma especializada, proporcionando insights valiosos para o desenvolvimento pessoal e aprimoramento de relacionamentos.

Em meu trabalho, acredito firmemente que a transformação começa dentro de cada um de nós. Estou aqui para apoiar você em uma jornada de autodescoberta, crescimento e conexão mais profunda com você mesmo(a) e com os outros.. Vamos explorar juntos o vasto mundo da sexualidade, dos relacionamentos e do potencial humano.”