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Sexualidade na Gravidez: Como Manter a Intimidade do casal

Sexualidade na gravidez: mudanças fisicas, hormonais, emocionais e adptações

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Sexualidade na gravidez pode ser um assunto delicado para muitos casais, mas é importante lembrar que a gravidez não é uma condição que deve impedir a intimidade entre os parceiros.
De fato, muitos casais relatam que a gravidez pode até aumentar a intimidade física e emocional entre eles. No entanto, existem algumas mudanças fisiológicas e emocionais que podem afetar a vida sexual durante a gestação.

A gravidez é um momento mágico na vida de uma mulher, mas também pode ser um período de mudanças e desafios, especialmente quando se trata de sexualidade. Muitas mulheres e casais têm dúvidas e preocupações sobre a prática de sexo durante a gravidez. Mas é importante lembrar que é possível manter a intimidade e o prazer mesmo durante essa fase.

Durante o período da gravidez a mulher passa por um conjunto de alterações biológicas, psicológicas, físicas e sociais excessivas. Essas alterações podem mexer de forma intensa com o estado emocional da gestante. Dessa forma,  provocando baixa autoestima, alterações de humor, cansaço, desânimo, medo, etc..

É natural que de uma forma consciente ou inconsciente, estas mudanças afetem a sexualidade desta mulher, e consequentemente na relação diádica e na sexualidade do casal.

Alterações biológicas, físicas e emocionais: como fica a sexualidade na gravidez?

A gravidez produz uma série de mudanças hormonais, mas o que muitas pessoas não sabem é que essas mudanças podem afetar a sexualidade do casal. Podemos dividir a gestação em três etapas:  Primeiro trimestre, segundo trimestre e terceiro trimestre. E essas variações hormonais variam entre o primeiro e o último trimestre.  De tal forma que pode levar a alterações no desejo sexual, na lubrificação vaginal e na sensibilidade dos seios e genitais.

Primeiro trimestre

No primeiro trimestre há a prevalência do hormônio progesterona,  responsável pela manutenção  e desenvolvimento normal da gravidez. O aumento desse hormônio provoca não só enjoos e vômitos, bem como diminuição da libido, ressecamento vaginal e dificuldade para chegar ao orgasmo.  Além disso, causa sono, salivação e alterações de humor. Assim também, os seios aumentam em 25 % e ficam doloridos, além do aumento do abdômen.

Instabilidade emocional, enjoos constantes e seios doloridos. Como fica a sexualidade dessa mulher?

Segundo trimestre

Nesta fase, no final do primeiro trimestre e início do segundo, o nível do estrogênio atinge índices até 30 vezes superiores às taxas anteriores à gravidez. Este hormônio favorece a dilatação dos vasos e proporciona o aumento do volume de sangue em veias e artérias.  Por consequência,  o aumento de irrigação sanguínea na região pélvica causa maior sensibilidade nos órgãos genitais. Por isso,  algumas mulheres relatam ter mais prazer nas relações sexuais durante esta fase.

Terceiro trimestre

Chegando no terceiro trimestre, as dores nas costas aumentam a irritação da gestante. A origem do problema é uma mudança no eixo de equilíbrio causada pelo rápido crescimento do útero. Além disso, algumas alterações como diminuição da atividade intestinal, aumento da contração da bexiga (vontade de fazer xixi com mais frequência), mudanças na cor de pele, acumulo de água, que provoca inchaço, pressão na pélvis pelo peso da barriga, causam desconforto.

É importante lembrar que cada mulher é única e pode experimentar essas mudanças de forma diferente. Algumas podem sentir um aumento na libido, enquanto outras podem ter uma diminuição significativa no desejo sexual. Além disso, muitas mulheres podem sentir desconforto ou dor durante a relação sexual, especialmente no final da gestação.

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Sexualidade na gravidez – adaptações do casal

Mas o que fazer para manter a intimidade do casal durante esse período? A comunicação é fundamental. Conversar abertamente sobre as mudanças que estão ocorrendo e encontrar novas formas de se conectar pode ajudar a manter a chama acesa. Além disso, é importante lembrar que o sexo não é a única forma de intimidade e que existem muitas outras maneiras de se conectar com a parceira.

Por fim, é importante lembrar que essas mudanças hormonais são temporárias e que a sexualidade do casal pode voltar ao normal após o parto e a fase do puerpério. Não tenha medo de conversar com seu parceiro e com seu médico sobre suas preocupações e dúvidas. Juntos, vocês podem encontrar maneiras de manter a conexão durante esse período tão especial.  Com toda certeza é muito importante investir em outras formas de intimidade e carinho.

Durante a gravidez, nosso corpo passa por uma série de mudanças hormonais que podem afetar a nossa libido e o desejo sexual. Além disso, algumas mulheres podem sentir desconforto ou dor durante a relação sexual, o que pode prejudicar a intimidade do casal.

Portanto, é fundamental que o casal converse abertamente sobre suas preocupações e desejos, para que possam encontrar juntos uma solução que funcione para ambos. Afinal, a gravidez é um momento de muitas mudanças, mas também pode ser uma oportunidade para fortalecer ainda mais a relação entre o casal.

Então, se você está passando por isso, não se sinta sozinha. Fale com seu parceiro, com seu médico ou com outras mulheres que já passaram por essa fase. Com carinho e compreensão, é possível superar esses desafios e desfrutar de uma gestação tranquila e feliz.

Aqui estão algumas dicas para ajudar os casais a manter a intimidade durante a maternidade:

  1. Comunicação aberta: É importante que os casais conversem abertamente sobre suas preocupações e desejos em relação à vida sexual durante a gravidez. Algumas mulheres podem se sentir desconfortáveis ​​ou inseguras em relação a mudanças em seu corpo, enquanto os homens podem ter medo de machucar o bebê ou da rejeição por parte da parceira. Discutir essas questões pode ajudar a reduzir a ansiedade e fortalecer a intimidade.
  2. Experimente novas posições: Durante a gravidez, algumas posições sexuais podem se tornar desconfortáveis ou impossíveis. Experimentar novas posições pode ajudar a encontrar uma posição que seja confortável para a mulher e o parceiro.
  3. Preste atenção às necessidades emocionais: A gravidez pode ser um momento emocionalmente intenso para a mulher e o casal. É importante que o parceiro seja compreensivo e atencioso com as necessidades emocionais da mulher, especialmente durante a intimidade. O toque suave e carinhoso pode ser reconfortante e íntimo.
  4. Mantenha a higiene pessoal: É importante manter uma boa higiene pessoal durante a gravidez. Isso pode ajudar a reduzir o risco de infecções e manter a mulher e o bebê saudáveis.
  5. Não tenha medo de fazer sexo: A maioria dos casais pode continuar a ter relações sexuais durante a gravidez. Com exceção de gravidezes de alto risco, o sexo é muito bem vindo,  Além de trazer bem-estar para a grávida, ele aumenta o vínculo do casal.

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    Terapeuta Sistêmica e Sexóloga com expertise em Terapia Cognitiva Sexual e Análise Comportamental. Especializada em resolver desafios relacionais e sexuais, aplicando abordagens inovadoras e ferramentas como Genograma e Constelação Familiar. Palestrante e educadora dedicada à disseminação do conhecimento sobre sexualidade humana. Comprometida com a criação de espaços terapêuticos seguros e colaboração eficaz em equipes multidisciplinares. Atendimento personalizado, centrado no cliente, buscando facilitar transformações positivas na vida dos clientes. Elevados padrões éticos e contínua busca por atualização profissional. Atendimento individual e casais.

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